Realismo e Naturalismo em Portugal
O realismo foi um movimento artístico e cultural que se desenvolveu na segunda metade do século XIX. A característica principal deste movimento foi a abordagem de temas sociais e um tratamento objetivo da realidade do ser humano.
Contexto histórico do Realismo em Portugal:
O Realismo em Portugal teve seu início em 1865, uma época em que liberais e representantes da velha monarquia deposta em 1820 travavam várias lutas.
Foi um movimento de renovação, uma tentativa de levar Portugal à modernidade, trazendo ao país as ideias filosóficas e científicas que estava em alta na
Europa na época.
Características do Realismo:
Objetivismo
Descrições e adjetivação objetivas, voltadas a captar o real como ele é
Linguagem culta e direta
Mulher não idealizada, mostrada com defeitos e qualidades
Amor e outros sentimentos subordinados aos interesses sociais
Casamento como instituição falida; contrato de interesses e conveniências Herói problemático, cheio de fraquezas, manias e incertezas
Narrativa lenta, acompanhando o tempo psicológico
Personagens trabalhadas psicologicamente
Universalismo
Principais representantes do
Realismo em Portugal:
Autores
Obras
Eça de Queiroz
O Crime do Padre Amaro; O Primo
Basílio; O Mandarim; A Relíquia; Os
Maias; A Ilustre Casa de Ramires;
Correspondência de Fradique Mendes;
A Cidade e as Serras; A Tragédia da
Rua das Flores.
Antero de Quental
Sonetos de Antero; Beatrice e Fiat Lux;
Primaveras Românticas; Odes
Modernas; Bom Senso e Bom Gosto;
Sonetos Completos; Raios de Extinta
Luz; Prosas.
Autores
Cesário Verde
Obras
A Débil; A Forca; Cadências Tristes;
Deslumbramentos; Em Petiz; Flores
Velhas; Heroísmos; Ironias do
Desgosto; Lágrimas; Merina; Noite
Fechada; O Sentimento dum Ocidental;
Provincianas; Responso; Setentrional;
Vaidosa.
Fialho de Almeida
A cidade do vício; O país das uvas;