Realismo e Naturalismo de Portugal
REAL (do latim res) = fato; ISMO = crença, doutrina;
É a doutrina pautada na análise dos fatos;
Movimento literário de oposição aos ideais do Romantismo no que se refere à subjetividade;
MARCO INICIAL DO REALISMO NA FRANÇA (autor principal): Gustave Flaubert;
Período de profundas transformações: segunda fase da Revolução Industrial (aumento das fábricas e mão de obra assalariada, o proletariado; utilização do petróleo, eletricidade, aço, construção das estradas de ferro; início da estruturação do capitalismo);
Doutrinas filosóficas: positivismo (rejeição da metafísica; pensamento científico); Manifesto Comunista de Marx; Teoria da Evolução de Darwin;
Descrição fiel dos fatos.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO REALISMO:
Objetivismo: autor mantem-se distante dos fatos narrados;
Universalismo: o "eu" cede lugar ao coletivo;
Personagens esféricas, em oposição às personagens lineares: mais complexas e dinâmicas;
Contemporaneidade: valoriza-se o presente, o hoje - crítica social: desmascarar a imoralidade da igreja e da burguesia da época;
Detalhismo: retrato fiel da realidade.
NATURALISMO:
Vertente do Realismo, com suas características levadas ao extremo;
Determinismo: homem determinado pelo meio, pela raça e pelo momento;
Cientificismo;
Romance realista x Romance naturalista: Realismo - romance documental; análise exterior e interior; ênfase psicológica; classes sociais dominantes; interpretação indireta; Naturalismo - romance experimental; análise exterior; ênfase biológica; classes sociais dominadas; interpretação direta.
REALISMO EM PORTUGAL:
Início: Questão Coimbrã - choque entre dois movimentos: escritores românticos em Lisboa e jovens estudantes da Universidade de Coimbra; crítica à obra de Antero de Quental por Antonio Feliciano de Castilho;
Conferências Democráticas do Cassino Lisbonenese: reuniões em que os jovens realistas discutiam questões da nova tendência, mostrando-se contrários aos ideais românticos que ainda perduravam