Realidade de filosofia no Brasil

A REALIDADE DO ENSINO DE FILISOFIA NO BRASIL
Jeferson Benelli1
Deparamo-nos com uma realidade educacional bastante carente, e por que não também defasada. E tomando em especial o ensino de filosofia aplicado no Ensino Médio, essa realidade se manifesta em maior grau.
Primeiramente, há uma necessidade contundente de educadores formados na área da filosofia. Fato que se confirma ao observarmos, em muitos colégios, docentes formados em outras disciplinas tentando dar aulas de filosofia para os alunos. Por exemplo, professores/as formados em pedagogia aplicando a matéria de filosofia em sala de aula.
Diante disso, fica visível a necessidade de um maior número de docentes com graduação em filosofia. Com tudo isso, há uma carência de conhecimento filosófico repassado aos alunos. Não por culpa daqueles educadores, que se esforçam em passar algum conhecimento para os educandos, mas pela falta de formação e conhecimento específico no campo da filosofia.
Outra situação é a desmotivação ou a não dedicação de alguns professores. Em muitas vezes, mesmo os docentes licenciados em filosofia, não despertam o interesse dos alunos pela disciplina, devido seu descompromisso com a educação, pois não preparam devidamente suas aulas, não se motivam a dar aula e demonstram-se indiferentes com as necessidades escolares. Agindo deste modo, desmotivam também os educandos, que além de não adquirirem conhecimento na área da filosofia, vêm à matéria como algo desinteressante e sem necessidade para suas vidas.
Também a carência de um plano de ensino organizado e distribuído de forma a tratar de temáticas voltadas para o ensino de filosofia em consonância com a realidade dos alunos, durante o período dos três anos de Ensino Médio, contribui para uma formação subjetiva aos interesses de cada educador, este que pode tratar do que lhe for cabível e favorável. Isso abre parâmetros para que as aulas de filosofia fiquem a mercê de temas relacionados mais ao social de que especificamente a