Reabsorção radicular externa por movimentação ortodôntica
O processo da reabsorção dentária envolve uma interação complexa entre as células inflamatórias, células de reabsorção - os clastos - e as estruturas dos tecidos duros mineralizados. Os clastos são as células-chave responsáveis pelo processo, que são formados a partir de macrófagos e monócitos e dão origem a células gigantes multinucleadas, que promovem diversos eventos envolvendo citocinas, enzimas e hormonais, que influenciam na progressão do processo. Este processo começa com a destruição dos cementoblastos ou odontoblastos, em presença de áreas extensas da superfície radicular sem recobrimento celular e condições locais para os clastos poderem atuar, causando então a reabsorção radicular.
As reabsorções radiculares são situações clínicas indesejáveis que tem etiologia multifatorial, na grande maioria das vezes associada ao tratamento ortodôntico. Cabe ao clínico estar atento para o seu correto diagnóstico e tratamento, pois ela pode comprometer a longevidade e a capacidade funcional do dente afetado se não for detectada com antecedência. Porém ela cessa no momento em que a força é removida. Este trabalho propôs a realizar uma revisão de literatura sobre o assunto, verificando as possíveis causas, bem como a sua prevenção.
Foi possível concluir que a causas das reabsorções são variáveis e discutíveis, mas que o acompanhamento radiográfico periapical é o método de escolha juntamente com uma boa anamnese para que se possa ter um prognóstico de sucesso.
INTRODUÇÃO
As reabsorções radiculares são de interesse e preocupação de profissionais de todas as áreas da Odontologia. Esse interesse maior pelo assunto mostra uma evolução na Odontologia e na sociedade e para chegar a essa conclusão, o profissional baseia-se na constatação de que hoje, há menos perda dentária por causa de cárie e doença periodontal, passando então a apresentar outros tipos de problemas, que antes eram menos conhecidos, a exemplo das reabsorções radiculares. Antigamente existiam