Sustentabilidade
A Eco-92 foi um marco histórico - a maior conferência já realizada no planeta, com a presença de delegações de 178 países. Seu ineditismo fez com que o encontro resultasse em documentos - referência, e a continuação de sua agenda é um dos objetivos da Rio+20.
A Eco 92 também abriu o caminho para o Protocolo de Kyoto (1997), acordo internacional que visava controlar as emissões de gás do efeito estufa. Ainda assim, a ausência de metas concretas fez com que muitos considerassem a Eco-92, na época, uma "decepção".
A Rio+20 espera receber delegações de 183 nações e também ficar marcada na história. Mas deve ocorrer sem a presença de líderes importantes - não é esperada a vinda de Barack Obama ou Angela Merkel, por exemplo - e num momento de mais ceticismo, diante de fiascos em acordar metas comuns de combate a mudanças climáticas em conferências prévias da ONU.
O debate
A Eco-92 debateu metas para controlar as emissões de CO2 na atmosfera e a criação de parâmetros para a proteção da biodiversidade, incluindo o uso sustentável de florestas e a compensação (via royalties), para países pobres, pelo uso de seus recursos naturais.
A Rio+20 tem como missão definir os rumos do desenvolvimento sustentável nas próximas décadas - em temas como segurança alimentar, economia verde, acesso à água, uso de energia.
Pleiteia-se um acordo de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - um conjunto de metas ambientais para a partir da próxima década - além de acordos e protocolos para pôr em prática um modelo socioeconômico que leve em conta preocupações ambientais.
Conclusões e expectativas
A Eco-92 terminou com um importante documento simbólico - a Declaração do Rio, que, por conter princípios éticos pela busca de um futuro sustentável, foi considerado o equivalente ambiental à Declaração Universal dos Direitos Humanos - e com a Agenda 21, que traçou a agenda ambiental para décadas seguintes.
Mas o documento não logrou estabelecer compromissos de