REABILITAÇÃO AQUATICA
A hidroterapia é um recurso fisioterapêutico importante para a reabilitação e/ou prevenção de alterações funcionais, tendo como princípio os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos promovidos pela imersão do corpo em piscina aquecida. As propriedades físicas e o aquecimento da água desempenham um papel vantajoso na melhoria e na manutenção da amplitude de movimento das articulações, do relaxamento e na redução da tensão muscular (CANDELORO; CAROMANO, 2007).
A diminuição do impacto articular durante atividades físicas aquáticas, ocasionada pela flutuação, leva à redução da sensibilidade de dor, diminuição da compressão nas articulações doloridas, maior liberdade de movimento e diminuição de espasmos. Como efeito da flutuação, há o movimento das articulações rígidas em amplitudes maiores com um aumento mínimo de dor. Os exercícios de fortalecimento com paciente submerso estão fundamentados nos princípios físicos da hidrostática, que permitem gerar resistência multidimensional constante aos movimentos (CANDELORO; CAROMANO, 2007; SACCHELL; ACCACIO, 2007a).
2. Aspectos históricos da reabilitação aquática.
De acordo com Campion (2000), a hidroterapia é tão antiga quanto à história da humanidade. Os mulçumanos egípcios e assírios faziam uso de banhos em piscinas, devido às suas propriedades curativas e sedativas. Na Índia, na China, na Grécia e em Roma os banhos tinham papel social e espiritual. Os povos respeitavam ou cultuavam as águas correntes. Os hindus, em 1500 a.C., usavam-nas para o combate da febre e os orientais eram adeptos dos longos banhos de imersão. Para as civilizações antigas, eram utilizadas para limpar o corpo terreno de doenças e o corpo espiritual dos pecados (VIERVILLE, 2000; SACCHELLI; ACCACIO, 2007a; CAMPION, 2000).
Segundo Campion (2000), as pesquisas sobre a terapia aquática, durante a idade média, ficaram estagnadas em função da proibição, por parte da Igreja, do uso dos recursos físicos da água para tratamento