REABILITACAO VISUAL EM PACIENTES NEUROLOGICOS OR 2
Temos que ter em consideração duas categorias distintas de portadores de necessidades neuropsicológicas visuais:
1. Os indivíduos com cerebropatias e também os com traumatismos cranianos que apresentam déficit do campo visual, da acuidade visual e da visão binocular; podem se beneficiar da reabilitação visual para contrabalancear os efeitos de tais perdas;
2. Os indivíduos sem déficit aparente do órgão visual, mas que necessitam da reabilitação visual para melhorar a percepção visual, tais como ocorrem com amblíopes, mesmo pós-período de plasticidade neural, ou com, percepção visual anômala. Estes pacientes podem ter auxílio da reabilitação visual para melhorarem suas funções visuais, tais como, acuidade visual, cromática, estereoscópica e de sensibilidade ao contraste. Nestes casos, o desenvolvimento do cérebro através das técnicas usadas ajuda concomitantemente ao desenvolvimento da memória, aprendizado e linguagem.
A reabilitação visual, tanto a simples quanto a multidisciplinar, pode melhorar significativamente a função e a qualidade de vida do paciente, por melhorar a quantidade e qualidade da visão. Historicamente, a reabilitação para deficientes visuais era direcionada às crianças, adultos jovens cegos ou com grave deficiência da visão, focalizando em serviços tais como ensino de leitura em Braille, uso de bengalas e utilização de substitutos da visão tais como livros gravados em áudio. Serviços limitados àqueles com perda visual de menor gravidade concentravam-se em dispositivos ópticos e correção da refração; ou em outros casos somente para tratar baixas de acuidade visual (ambliopias) em crianças, pois era consenso que o tratamento era extensível somente até os 8-9 anos de idade. Atualmente, serviços de reabilitação para cegos oferecidos por associações públicas ou outras agências necessitam ser diferenciados em nosso pensamento das outras opções variadas de reabilitação que estão disponíveis para pacientes