Raízes do Brasil
Sérgio Buarque de Holanda Arthur Fontgaland, Arthur Souza, Felipe Flites
A obra intitulada Raízes do Brasil, de Sério Buarque de Holanda, compõe um dos grandes clássicos do pensamento político brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982) foi bacharel em Direito pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) e professor-assistente da cadeira de História Moderna e Contemporânea, lecionando também literatura comparada na Universidade do Distrito Federal (1930-1939). Assumiu a vida de professor (1946-1952) de História Econômica do Brasil, na Escola de Sociologia e Política, e fez algumas conferências na Sorbonne. Lecionou a disciplina de Estudos Brasileiros da Universidade de Roma (1952-1954) e conquistou a cadeira de História da Civilização Brasileira na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP em 1958. Foi o primeiro diretor do IEB-Instituto de Estudos Brasileiros, eleito em 1962 e no ano de 1969, aposentou-se do cargo de catedrático da Universidade de São Paulo. Vale ressaltar suas grandes obras: "Raízes do Brasil" (1936), "Cobra de Vidro" (1944), "Caminhos e Fronteiras" (1957) e "Visão do Paraíso" (1959).
A primeira publicação de Raízes do Brasil ocorreu em 1936. A década de trinta foi caracterizada pelo movimento getulista, expansão comunista, ascensão do totalitarismo e pela Revolta Constitucionalista, um movimento armado ocorrido em 1932 na cidade de São Paulo que visava o fim do governo provisório de Getúlio Vargas culminando em uma nova Constituição. Quando Sérgio Buarque é preso em 1932 por defender São Paulo nessa questão constitucional, passa a dar maior interesse à história do que à ficção e a poesia. Na verdade, tanto Sérgio Buarque de Holanda quando Gilberto Freire tinham como traços característicos tendências literárias e artísticas na linguagem utilizada que permeavam o sentido histórico e cientifico de suas obras. Essas características também compõem o discurso de Raízes