Raízes do Brasil: Resumo do capítulo 6

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Sérgio Buarque de Holanda inicia o capítulo reforçando as idéias expostas em “O Homem Cordial” (cap.V), traçando observações acerca da conduta do brasileiro, pautada nos “valores da personalidade”, e na relutância em adotar princípios “superindividualistas”, traços que revelam um apego as doutrinas domésticas. O autor cita ainda o fato da inclinação para as chamadas profissões liberais a nossa configuração colonial e agrária.
Deste modo, estabelece-se um debate sobre as conseqüências da presença portuguesa na formação da sociedade brasileira, a partir da migração da família real, como a doutrina do culto a personalidade, tipicamente lusitana, onde o conhecimento superficial é valorizado no processo de diferenciação, conferindo prestígio e status.
Diretamente relacionada à referida idéia, o autor discorre sobre a chamada “praga do bacharelismo”, fato que remete ao deslumbramento do brasileiro a um saber aparente, superficial, e ao culto a personalidade individual, que é supervalorizada. Assim, estabelecem-se paradigmas, causados pela total credibilidade nas idéias fixas, mesmo sendo impraticáveis para a nossa configuração social. Daí explica-se a abertura aos ideais positivistas, liberais e republicanos, devido ao apego da elite letrada as chamadas “fórmulas fixas”.
Sérgio Buarque de Holanda discorre ainda sobre a essência da sabedoria brasileira como contrária a idéia de uma intensa e fatigante atividade mental, bem como a clareza e fluidez das idéias. Assim, justifica-se abertura a modelos ao ideal positivista devido a tal resistência somada a imposição soberana das idéias dos homens detentores do status de racionalidade. Deste modo é traçada uma crítica ao construtivismo político, que se estende ao liberalismo democrático, que por sua vez também não se naturaliza no Brasil, mas é adaptado a idéia de negação ao autoritarismo, permitindo tratar com maior naturalidade os governantes.
O autor expõe ainda a idéia de democracia brasileira como um mal entendido,

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