Interpretação do brasil
GRUPO: Ana Carolina Souza Correia, Danilo Miranda, João Hirs, Rafaela Reis
SIGNIFICADO DE RAÍZES DO BRASIL – Resumo esquemático
O livro Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda, escrito em 1936 traz um conceito histórico do que é o Brasil. O título já propõe que se trata de uma análise de suas bases e da influência que o colonizador trouxe e, de certa forma, fixou aos costumes e características da sociedade brasileira. O livro é dividido em 7 capítulos, que vai desde as características dos países da Península Ibérica (Espanha e Portugal), até o da sugestão de ruptura do paradigma deixado por estes colonizadores. Perfaz um caminho trilhando semelhanças e diferenças entre os dois países e assim construindo uma identidade brasileira que muito se influenciou das deles. Logo no primeiro capítulo, o autor destaca o “personalismo” como característica comum da Ibéria, trazida e enraizada no Brasil. Consiste na falta do sentimento de sociedade, frouxidão das instituições (no caso o governo) e excesso de patrimonialismo, ou seja, não há um sentimento forte de sociedade e de coletividade. É como se um funcionário público, mesmo dentro de suas atribuições, primasse sempre pelos interesses particulares. Além do personalismo, Sérgio Buarque de Holanda traz outra característica: o espírito aventureiro intrínseco ao português. Diferente dos ingleses, que colonizaram a América do Norte de maneira familiar, o português que veio para o Brasil estava em busca de novas experiências, acomodava-se no provisório e preferia descobrir a consolidar. Isto já dá uma base sobre a diferenciação que Sergio Buarque de Holanda fará, no capítulo 4, entre Espanha e Portugal. O ibérico prezava pelo título mais do que pelo trabalho. Por conta de sua cultura escravocrata, os trabalhos braçais ou estáveis eram menosprezados pelos títulos (“Em Portugal somos todos fidalgos”). A herança rural é uma característica forte da formação da sociedade