O Museu e a Interpretação do Brasil
Percebe-se, a partir do texto, que existe uma forte elitização no meio artístico e cultural brasileiro.
Isso pode ser observado nos trechos em que o autor expõe o fato de que os museólogos são formados, há muitos anos, pelas próprias instituições que os absorverão no futuro como profissionais. Isso resulta numa perpetuação de algumas ideologias que foram estabelecidas em outras épocas e em outros contextos.
Além disso, o texto aborda também uma transição das correntes de pensamento que regiam a percepção dos objetos de museu por parte dos profissionais que trabalham nestes locais.
Na primeira forma, os artefatos em exposição eram entendidos como o centro do conhecimento a ser transmitido naquele ambiente, como que tudo que pudesse ser contado estivesse embutido no objeto, tanto que eram objetos doados por famílias da alta sociedade brasileira que já vinham com histórias contadas, vividas e analisadas por parte dos doadores e museólogos, os objetos eram quase capazes de falar por eles mesmos, pela proporção em que eram distribuídos, e que não podiam ser separados, pareciam dizer mais sobre o tema.
Já na segunda forma, intitulada “nova museologia”, até pela forma de como o estudo foi redigido ao longo dos anos, a forma de ver tais peças, tem-se definido como um complemento do material informacional; os textos provêm o conceito, e o objeto vai existir apenas para dar suporte àquela ideia, não importando mais a vivência de tal objeto exposto, nem a história por trás dele, mas sim a ideia de que o material foi parte de algo que ocorreu e foi registrado ao longo dos anos.
Tal mudança pode ser relacionada a ideia exposta no parágrafo anterior à ela porque o autor estabelece uma conexão entre a tal forma como os museus foram estruturados