Resenha sobre weber e a interpretação do brasil
O autor apresenta os níveis de maturidades de universidades, principalmente em situações periféricas como a nossa. A universidade americana deve muito da sua significação, particularmente na área de humanas, à dedicação com que ela se empenhou nessa direção a partir dos anos 30.
Os dois pensadores que constituem principal referência da grande controvérsia que anima a literatura sobre a interpretação do Brasil. Marx varia seu trabalho como se sabe, em função das opções temáticas dos seus intérpretes. Já Weber tem sido convocado pela literatura dominante para explicar o atraso da sociedade brasileira. Daí que a mobilização desse autor, pela perspectiva do atraso, se faça associar ao diagnóstico que reivindica a ruptura como passo necessário para a conclusão dos processos de mudança social que levam ao moderno.
Os dois pensadores citados tem sido desde a década de 50, uma das principais marcações teóricas da produção que se voltou para o objetivo de explicar a singularidade de nossa formação social. Atualmente, Weber tem sido na opinião pública sobre a interpretação do Brasil, aquele que aponta o nosso atraso como originário de nosso sistema de colonização, a chamada herança do patrimonialismo ibérico. Segundo essa versão, a ausência do feudalismo na experiência ibérica, inclusive no Brasil, aproximaria a forma patrimonial do nosso Estado à tradição política do Oriente, onde não se observariam fronteiras nítidas a demarcar as atividades das esferas pública e privada.
Não seríamos propriamente um caso ocidental, uma vez que, aqui, o Estado, por anteceder aos grupos de interesses, mais do que autônomo em face da sociedade civil, estaria empenhado na realização de objetivos próprios aos seus dirigentes, enquanto a administração pública, vista como um bem em si mesmo, é convertida em um patrimônio a ser explorado por eles. Inscritos no Oriente político –– Simon Schwartzman, ao conceituar patrimonialismo, categoria central do seu