Medicina d Estado, Medicina Urbana e Medicina dos Pobres
Desenvolveu-se na Alemanha, no começo do século XVIII. Ali se formou o que se pode chamar de ciência do Estado.
A noção de Staatswissenschaft uma noção alemã e sob o nome de ciência do Estado pode−se agrupar duas coisas, que aparecem, nesta época, na Alemanha: por um lado, um conhecimento que tem por objeto o Estado; por outro lado, a expressão significa também o conjunto dos procedimentos pelos quais o Estado extraiu e acumulou conhecimentos para melhor assegurar seu funcionamento.
Medicina Urbana
A medicina urbana com seus métodos de vigilância, de hospitalização, etc., não é mais do que um aperfeiçoamento, na segunda metade do século XVIII, do esquema político−médico da quarentena que tinha sido realizado no final da Idade Média, nos séculos XVI e XVII. A higiene pública é uma variação sofisticada do tema da quarentena e é dai que provém a grande medicina urbana que aparece na segunda metade do século XVIII e se desenvolve, sobretudo na França. Ela tinha três grandes objetivos:
1. O primeiro objetivo da medicina urbana é a análise das regiões de amontoamento, de confusão e de perigo no espaço urbano.
2. A medicina urbana tem como segundo objeto o controle e o estabelecimento de uma boa circulação da água e do ar.
3. Outro grande objeto da medicina urbana é a organização do que o autor chama de distribuições e sequências, que envolvem questões como, onde colocar os diferentes elementos necessários à vida comum da cidade e o problema da posição recíproca das fontes e dos esgotos ou dos barcos−bombeadores e dos barcos−lavanderia.
Medicina dos Pobres, da Força de Trabalho e dos Operários
Em primeiro lugar o Estado, em seguida a cidade e finalmente os pobres e trabalhadores foram objetos da medicalização.
O que é característico da medicina urbana francesa é a habitação privada não ser tocada e o pobre, a plebe, o povo não ser claramente considerado um elemento perigoso para a saúde da população. O pobre, o operário, não é analisado