RATIO STUDIORUM
Autor(es) DANIELA FERNANDA CARDOZO FORSTER LIMA Orientador(es) JOSÉ MARIA DE PAIVA 1. Introdução No final do século XVI foi elaborado pelos jesuítas o Ratio Studiorum, método de ensino que se expandiu rapidamente por toda a Europa e regiões do Novo Mundo em fase de ocupação, tendo como principal objetivo levar a fé católica aos povos que habitavam estes territórios. O documento final, intitulado Ratio atque Institutio Studiorum Societatis Iesu, compõem-se de trinta conjuntos de regras. Trata-se de um detalhado manual com a indicação da responsabilidade, do desempenho, da subordinação e do relacionamento dos membros dos colégios da Companhia de Jesus de professores a alunos. Além de ser também um manual de organização e administração escolar. Estas normas iriam ordenar as instituições de ensino de uma única maneira, com vistas a permitir uma formação uniforme a todos que freqüentasse os colégios da Ordem jesuítica em qualquer lugar do mundo. O Ratio Studiorum seria a base comum que serviria de suporte de trabalho dos jesuítas e assim, as movimentações dos colégios eram rigorosamente coordenadas pelo método, que estabelecia o currículo do colégio e deveria ser seguido por todas as unidades da Companhia, para garantir a universalidade do trabalho dos mestres espalhados por todo o mundo. O Ratio propunha uma educação integral do homem. Seus preceitos vão além de um simples método de estudo, queriam assegurar aquilo que entediam como “progresso de uma civilização”, atingindo valores e formas de comportamento de comprovada eficácia na vida de uma sociedade. Na visão portuguesa da época, eles estavam com a verdade e queriam transmiti-la. A instrução era o meio de salvar as almas, formar um bom cristão, treinar as pessoas para agir de acordo com o plano divino, fugindo do pecado (que significava a negação de uma única ordem, que fora dela, não havia salvação). A legitimidade de um reino era dependente de sua fidelidade à