Ratio studiorum
Foi um período da historia da humanidade cuja menção nos remete à lembrança de uma simbologia: as angústias humanas, as doenças, as cinzas, a decadência. É evidente o antagonismo entre as luzes-que seriam do período anterior (Greco-romano)- e as trevas –quando a humanidade teria sido acuada por guerras, perdas econômicas e culturais que deram origem a nomenclatura da obscuridade. A Idade Media, quando assim evocada, aparenta estar “no meio”. No meio da evolução da historia da humanidade, atrapalhando e dificultando essa evolução.
Nesse sentido, é sempre delicado pensar na Idade Media como um período de produção cultural e intelectual. No entanto, é nesse aspecto que a vislumbramos. A grande vitoria da época medieval foi explorar aspectos do conhecimento humano por uma ótica diferenciada.
O conhecimento somente seria validado se passasse pelo crivo da Igreja Católica, grande mentora e dominadora do conhecimento que o considerava sinônimo de austeridade e privilegio somente daqueles que estivessem ligados as idéias divinas. Qualquer outro tipo de conhecimento era classificado como heresia. Talvez tenha sido não um período de trevas, mas uma época que o homem viveu à sombra das idéias cristãs. Era necessário que a fé caminhasse no sentido de erigir a razão.
O que se pode perceber é que as inúmeras mudanças sociais e econômicas, invasões bárbaras elevaram o cristianismo ao status de detentor do conhecimento.
Era pelo saber que as pessoas obtinham o poder. A Igreja Católica se apoderou do conhecimento como um instrumento de cerceamento e de grande auxilio a conversão dos bárbaros e hereges à fé cristã. Vislumbrou também a possibilidade de domínio e detenção dos bens econômicos e posse de terras. Era necessário que se continuasse o trabalho de “ olhar o mundo” por meio dos poderes e das leis divinas, da supremacia d fé e do poder da terra.
Verificamos que a Idade Média não foi tão terrível assim. É possível