raiva
A raiva existe há mais de quatro mil anos e é considerada a primeira enfermidade que os animais, no caso, o cão, poderiam transmitir aos seres humanos, com severidade de ser praticamente 100% letal.
A história registrada da raiva estende-se desde o século XX a.C., na forma de um decreto no código de Eshnunna da Mesopotâmia, que definia as penalidades para os donos de um cão raivoso cuja mordida resultasse na morte de alguma pessoa.
No brasil a raiva possui um histórico bem mais recente, em meados do século XX, o Brasil possuía uma elevada taxa de incidência de raiva humana, o que levou os governos a editarem normas municipais de maior controle das zoonoses, especialmente da raiva.
Em 1973 foi criado o Programa Nacional de Profilaxia da Raiva Humana com o fim de diminuir a infecção humana através do controle nos animais domésticos. O país desenvolveu então o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, desenvolvido em 1990, implantado a partir de 1992 e regulamentado apenas em 1998. Por ele todos os casos de raiva passaram a ser de notificação compulsória e imediata.
De 1995 à 1999, 44,1% dos casos ocorreram na Região Nordeste, 31.6% na Região Norte, 12,5% na Região Centro-Oeste e 11,8% na Região Sudeste. A Região Sul não registra casos de Raiva Humana desde 1987.
De 1997 a 2003, 84% dos casos em humanos tinham como hospedeiro principal o cão; em 2004 e 2005, contudo, um surto na Amazônia fez com que a raiva silvestre aérea se tornasse a principal origem, sendo estes dois anos os de maior incidência em humanos. Hoje no Brasil, a doença é raríssima tendo apenas cinco casos por ano. Tudo graças à vacina.
Agente etiológico
A raiva é causada por vírus pertencentes a família Rabdoviridae, do gênero lyssavirus. O vírus, sobrevive até 4 horas em temperatura de 40 graus, vinte e quatro horas na saliva e é estável por vários dias a 4 graus. O agente resiste a dessecação, congelamento, descongelamento e pH entre 5 e 9; e é inativado por