Raio laser
Estranhamente calmo. Poucos pássaros quebravam o torpor do silencio. Uma vez uma cobra ziguezagueou pela estrada em frente ao carro, escapando com sinuosa facilidade aos esforços do motorista para destruí-la. Uma vez um nativo irrompeu da moita; ereto digno; atrás dele, uma mulher com uma criança fortemente presa as suas amplas costas e um completo equipamento domestico; incluindo uma frigideira, magnificamente equilibrada em sua cabeça.
Todas essas coisas George crozier não deixara de mostrar a sua mulher, que lhe respondia com uma monossilábica falta de interesse que o irritava.
-pensando naquele sujeito-deduziu ele, zangado. Era assim que ele evitava aludir, em sua mente, ao primeiro marido de deirdre crozier, morto no primeiro ano da guerra. Morto, ademais, na campanha contra os alemães na África ocidental.
Era natural que ela o fizesse, talvez-ele lançou-lhe um olhar furtivo, um olhar para sua beleza, para a maciez rosa e branca de seu rosto, para as linhas arredondadas do que o haviam sido naqueles longínquos dias, quando ela havia passivamente permitido que ele se tornasse seu noivo e, então, naquele primeiro pavor emocionado da guerra, o havia posto de lado e feito um casamento de guerra com aquele garoto magro e queimado de sol que a amava; Tim nugent.
Bem, o sujeito estava morto-galantemente morto e ele, George crozier, havia casado com a jovem com quem sempre sonhara casar.
Ela o amava, também; como poderia deixar de ama-lo se ele estava sempre pronto para satisfazer todos os seus desejos e também possuía o dinheiro para