Raio bola
O fenômeno do raio bola (ball lightning) ocorre em meios atmosféricos, geralmente próximos à nuvens de chuva. Por ser um fenômeno raro, existem mais ou menos mil relatos nos últimos 150 anos, permanecendo desconhecido muitos fatos acerca deste fenômeno.
Com os estudos realizados, determinou-se certos padrões comuns neste tipo de fenômeno. Descobriu-se que a luminosidade de um raio esférico equivale à de uma lâmpada fluorescente, sendo constante, não pulsante e sua coloração pode ser branca, amarela, laranja, vermelha ou azul. Seu diâmetro varia de 10 a 40 cm e sua energia estimada seria de um megajoule.
Normalmente a cor da descarga é avermelhada e sua velocidade de deslocamento pode ultrapassar 100 km/h e não sofre influência aparente da direção do vento ou da gravidade. Produz sons similares a zumbidos, desprendendo odor semelhante ao enxofre ou ozônio. Este fenômeno interfere nas emissões de rádio, deixa marcas de queimaduras e outros rastros no chão e já afetou o homem com paralisia, adormecimento e queimaduras. No entanto é um fenômeno extremamente raro.
Essa descarga possui uma certa estabilidade, que pode durar vários segundos e, em alguns casos, vários minutos. Normalmente o raio-bola se forma em tempo de tempestade, mas em outras ocasiões pode acontecer com tempo bom.
Pesquisadores da Universidade de Canterbury, Nova Zelândia, afirmam que o intenso calor gerado pela penetração de um relâmpago comum no solo produz pequenas partículas de Silício e outros compostos.
Essas partículas, denominadas de nanoparticulas, se unem formando uma rede de filamentos e armazenam certa energia química. Ao cessar a descarga elétrica, esses filamentos se vaporizam e adquirem a forma de uma esfera. À medida que se oxidam lentamente no ar, essas partículas perdem a energia armazenada e emitem luz e calor. Tudo isso em alguns poucos milisegundos. Como a esfera se forma apenas no fim desse processo, ou seja, da vaporização à oxidação, o observador tem a