Radiologia
A radiologia pediátrica teve seu início concomitantemente à radiologia geral, logo após a descoberta dos raios-X. Todavia, apenas a partir da década de 60, e mais fortemente nos anos 90, com o desenvolvimento de novas técnicas de produção da imagem, cresceu a necessidade de especialistas nesta área, solidificando-a e tornando-a independente da radiologia geral. A necessidade de especialização em radiologia pediátrica surge devido às diferenças de tamanho e composição do corpo de crianças em relação ao adulto, à sua falta de cooperação para a realização do exame e às várias diferenças funcionais (respiração mais rápida, batimentos cardíacos mais acelerados, etc.). O principal risco associado a exames de radiodiagnóstico é a ocorrência de efeitos estocásticos, principalmente efeitos genéticos e carcinogênese, sendo muito raro o desencadeamento de efeitos determinísticos, como queimaduras. Uma vez que a probabilidade de ocorrência dos efeitos estocásticos é proporcional à dose, faz-se necessária especial atenção à proteção radiológica no que diz respeito à radiologia pediátrica, uma vez que as crianças são mais sensíveis à radiação e possuem uma expectativa de vida muito maior se comparada a um adulto, o que aumenta a probabilidade de apresentarem um efeito nocivo tardio relacionado a essa exposição. Tendo isto em vista, é indispensável que alguns cuidados sejam tomados para evitar a exposição desnecessária do paciente, tais como: verificar se o exame é clinicamente necessário para o diagnóstico; investigar formas alternativas que não utilizem radiações ionizantes e que possam oferecer informações necessário-suficientes ao diagnóstico; restringir o número de radiografias (exames em várias projeções devem ser feitos após a avaliação da primeira radiografia, feita na projeção padrão); e aperfeiçoar as técnicas radiográficas utilizadas, observando sua adequação às características