Gabriel marce
filosofo idealista que pertenceu ao movimento que marcou o clímax da filosofia alemã clássica após Kant, o chamado Idealismo Alemão. De 1795 a 1797, durante seus estudos em Leipzig, Schelling foi tutor privado para uma família nobre, que colocou seus filhos sob seus cuidados. Em 1798 Schelling foi chamado para lecionar na universidade de Jena, o centro acadêmico da Alemanha em sua época. Entre 1797 e 1800 publicou em rápida sucessão de trabalhos sobre a sua filosofia da natureza, notavelmente Ideen zu ainer Philosophie der Natur ("Idéias para uma filosofia da natureza"), e System des transzendentalen idealismus ("Sistema do idealismo transcendental").
Schelling foi outro daqueles filósofos idealistas de maior destaque na Alemanha, no primeiro quarto do século XIX, ocupados em demonstrar o erro do kantismo, para o qual a liberdade e Deus constituíam a coisa última, o "absoluto", e a filosofia de Hegel, para quem o absoluto era um sistema lógico universal, que regia o mundo, a história, os produtos da humanidade, o homem mesmo.
Para Schelling o absoluto é uma matriz única da qual se diversificam todos os seres. Em tudo quanto é e quanto existe há, segundo ele, uma fundamental identidade. Todas as coisas, por diferentes que pareçam, vistas de um certo ponto, vêm fundir-se na matriz idêntica de todo ser que é o absoluto. A realidade é uma evolução, e se manifesta por etapas sucessivas. Passa de natureza inorgânica, a natureza orgânica, e desta a espirito. No fenômeno da vida a natureza está unida com algum elemento espiritual. Também na natureza inorgânica está presente o espírito, imprimindo ordem aos átomos, como nos cristais. No caso do cristal hexaedro há um espírito hexaédrico dentro dele. Em qualquer coisa que tomamos encontramos a identidade profunda do absoluto. Criticou Hegel e Fichte que tinham sempre visto a natureza somente como um objeto em sua subordinação ao homem.