Radicais Livres
Artigo de Revisão
Radicais livres: conceitos, doenças relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo
A.L.A. FERREIRA, L.S. MATSUBARA
Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Botucatu, Botucatu, SP.
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Rev Ass Med Brasil 1997; 43(1): 61-8
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Para formar o oxigênio molecular (O2), os dois elétrons solitários do subnível p de um elemento
K 1s 2
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L 2s2 2p4
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K 1s2
L 2s2 2p4
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K 1s 2
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As camadas eletrônicas de um elemento químico são denominadas K, L, M e N, e seus subníveis, s, p, d, f. De maneira simples, o termo radical livre referese a átomo ou molécula altamente reativo, que contêm número ímpar de elétrons em sua última camada eletrônica1,2. É este não-emparelhamento de elétrons da última camada que confere alta reatividade a esses átomos ou moléculas.
Vamos acompanhar a formação de um radical
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livre, o superóxido (O2- ), que é derivado do oxigênio molecular (O2). O O2 é composto por dois elementos oxigênio (O), cujo número atômico é 8, sendo sua distribuição de életrons a seguinte:
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É conveniente recordar que reações de redução implicam em ganho de elétrons, e as de oxidação, em perda. Portanto, quando no metabolismo normal ocorrer uma redução do oxigênio molecular (O2), este ganhará um elétron, formando o radical superóxido
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(O2- ), considerado instável por possuir número ímpar (13) de elétrons na última camada L. Assim, a configuração eletrônica do radical superóxido é a seguinte: L 2s2 2p5
O QUE É RADICAL LIVRE?
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K 1s 2
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L 2s2 2p4
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Nas últimas décadas, foram realizadas inúmeras pesquisas para esclarecer o papel dos radicais livres em processos fisiopatológicos como envelhecimento, câncer, aterosclerose, inflamação, etc. Ao abrirmos um periódico, com freqüência, encontramos temas