radiação em alimentos
A indústria alimentícia recorre ao emprego de radiações eletromagnéticas com finalidades muito diversas. Todas elas são transmitidas em forma de onda, sem necessidade de suporte material e a uma velocidade de 3 x 108 ms-1. Na tecnologia de alimentos, impõe-se a diferenciação entre tratamentos com radiações não ionizantes e aqueles com radiações ionizantes. No primeiro caso, recorre-se ao efeito de diferentes formas de energia eletromagnética. O espectro inclui a radiação infravermelha e por microonda, assim como a energia elétrica. Essas radiações com poder de penetração distinto são utilizados para gerar calor por diferentes mecanismos e constituem a base de vários sistemas de aquecimento (infravermelho, por microondas, entre outros).
Os tratamentos com radiações ionizantes tem um caráter claramente distinto, visto que neste caso, se pretende prolongar a vida útil dos alimentos sem que ocorra o aumento significativo da temperatura. Neles, como seu próprio nome indica, recorre-se ao emprego de radiações eletromagnéticas com energia suficiente para ionizar os átomos e ou moléculas com os quais interagem. Na irradiação de alimentos, utiliza-se as ondas eletromagnéticas de frequência limitada dessa natureza, produzida por elétrons de baixa energia (≤ 10 MeV).
2. Radiações eletromagnéticas não ionizantes
O aquecimento por infravermelhos é uma transmissão de calor por radiação, na qual, como consequência de sua temperatura, a matéria emite radiações cujo comprimento de onda e cuja intensidade depende da natureza do corpo radiante. O aquecimento por microondas, não requer térmico ou de superfícies quentes; trata-se de uma forma de gerar calor decorrente da distorção criada nos componentes dos alimentos pela incidência de um campo elétrico alternativo.
2.1. Radiação infravermelha
A radiação infravermelha produz determinadas vibração nas ligações intra e intermoleculares dos componentes dos alimentos que se traduz no incremento de temperatura.