racismo
Segundo definição de Milton Santos, ser cidadão é ser tão forte quanto o Estado, é um indivíduo dotado de direitos que permitem que não só que se defrontem ao Estado, mas o como também afronte-o. Para Santos, um indivíduo completo seria aquele em que entende o mundo em que vive e é consciente do seu papel nele.
No Brasil a classe média representa 54% dos cidadãos, segundo pesquisa feita pelo Serasa Experian em conjunto com o Instituto Data Popular em 2014,
A Marginalização do Negro na Sociedade Brasileira
Os negros são historicamente marginalizados, excluídos e roubados em seus direitos básicos. Os traumas deixados por essa história escravocrata faz com que os negros enfrentem maiores dificuldades para viver dignamente.
A população negra continua na base da pirâmide social e sendo a principal vítima da violência, Segundo Censo do IBGE, afrodescendentes representam pouco mais de 50% da população total e a juventude negra constitui a maior vítima da violência urbana. A cada três jovens mortos pela violência na periferia, dois deles são negros ou afrodescendentes.É como se a violência tivesse certa legitimidade, sendo fruto do escravismo e da maneira como o processo de abolição aconteceu no Brasil. Precisava tirar o poder da maioria da nação e isso foi feito pela violência, que passou a ser algo do cotidiano.
Os estereótipos utilizados para distorcer a imagem do negro reforçam o preconceito racial e a marginalização do mesmo dentro da sociedade, é gritante a associação naturalizada do negro como sendo marginal, vagabundo, feio e ruim. Vejamos a seguir trechos de um documento contendo cartas enviadas por pessoas de Taquaral um bairro ocupado por pessoas ricas em Campinas-SP, que se incomodam com a passagem de pessoas negras (de carro ou à pé) e trechos da carta de resposta do comando da Polícia, no cumprimento do seu papel de proteger o Estado e a propriedade privada.
Trechos da carta dos supostos moradores: