RACISMO Trabalho
Encravado na sociedade de classes, de um modo geral, o racismo também se faz presente no futebol, essa parte do cenário esportivo que se transformou numa paixão mundial, tem a graciosa virtude de unir culturas e povos, sem distinção de credo, raça ou origem. A linguagem da bola é universal. Contudo, os recentes episódios de discriminação racial ocorridos nas partidas de futebol em território brasileiro demonstram, de forma que não se pode contestar, que, o preconceito é uma chaga que envergonha o nosso país e que tem que ser erradicada de uma vez por todas. Na obra “O negro no futebol brasileiro”, Mário Filho relata que no início do século XX o futebol era praticado quase que exclusivamente por clubes de engenheiros e técnicos ingleses, além de jovens da elite metropolitana que conviviam neste espaço. A base dos principais times de futebol era formada por profissionais liberais, servidores públicos, acadêmicos e bacharéis em direito que monopolizavam os campeonatos nos bairros de elite. Recentemente, a agressão racista sofrida pelo jogador brasileiro Daniel Alves ganhou destaque nos meios de comunicação, devido ao modo bem humorado de o atleta reagir a ele. A Daniel se solidarizou o craque Neymar, que postou uma foto nas redes sociais, e milhares de pessoas, famosas ou anônimas. Entretanto, pessoas de todo o mundo deram respostas rápidas ao ato racista contra o jogador brasileiro Daniel Alves, agredido simbolicamente por uma banana jogada no campo, domingo, na Espanha. A partir da reação do também jogador Neymar, as redes sociais multiplicaram vídeos de celebridades com bananas. O humor se contrapôs a uma manifestação primitiva de discriminação. Manchetes de jornais relatam: “Homem negro sofre racismo em loja”; “Mulheres recebem salários mais baixos que os homens”; “Rapaz homossexual é espancando na rua”; “Jovens de classe alta colocam fogo em mendigo”; “Hospitais públicos em condições precárias não