racismo no esporte
Em 1999, Soares publica um artigo na Revista Estudos Históricos que contesta as descrições elaboradas por Mário Filho em O Negro no Futebol Brasileiro, dizendo que as narrativas da obra funcionam como história mítica que vai sendo atualizada, principalmente, em função das demandas às denúncias racistas. Esta tese recebe críticas contundentes de Murad (1999) e um pouco mais brandas de Helal e Gordan Jr. (1999).
A primeira tese de doutorado que vai tocar diretamente na questão do racismo no futebol brasileiro é o trabalho de Silva (2002), intitulado “Futebol, Linguagem e Mídia: Entrada, Ascensão e Consolidação dos Jogadores Negros e Mestiços no Futebol Brasileiro”. Além de ratificar as conclusões demonstradas no artigo “A linguagem racista no futebol brasileiro”, Silva apresenta um tópico inédito até então. Em sua conclusão, introduz uma discussão sobre as estruturas de dominação que dificultam a ascensão dos treinadores negros no Brasil. Nas entrevistas que realizou com jornalistas, ficou evidenciado que os negros têm muitas dificuldades para ingressar no mercado de trabalho de treinadores de futebol.
Em 2010, Tonini defendeu a dissertação de mestrado “Além dos gramados: história oral de vida de negros no futebol brasileiro (1970-2010)”. Neste trabalho, o autor focaliza o mercado de trabalho dos treinadores