Racismo Monteiro Lobato
Postado por PAB em 23 de setembro de 2012
Publicado em: Jornalismo e Media Independente pelos direitos Humanos.
Em 1938. o escritor Monteiro Lobato, incensado e sacralizado no Brasil como o nosso maior escritor infanto-juvenil, voltou de uma viagem aos Estados Unidos. Na época, adepto apaixonado pelas teorias racistas eugenistas, que sustentou o Nazismo de Hitler, encantado com a Klu Klux Klan norte americana escreveu o seguinte para o cientista eugenico da Bahia Arthur Neiva:
“Um dia se fará justiça ao Ku-Klux-Klan; tivéssemos aí uma defesa dessa ordem, que mantém o negro no seu lugar, e estaríamos hoje livres da peste da imprensa carioca – mulatinho fazendo o jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destrói a capacidade construtiva”.
Esse trecho de carta é só um dos exemplos nas séries de cartas exaltando a Eugenia e a esterilizacao da subraca brasileira, entendendo-se aí negros e mulatos. E era orientado pelas teses do maior propagandista da Teoria da Eugenia, o paulista Renato Kehl
Em um dos seus famosos livros, “As Cacadas de Pedrinho”, que se passa no Sítio do Picapau Amarelo, Lobato descreve a senhora preta da cozinha, a Tia Anastácia, como “macaca preta” numa cena do livro.
Crédito da imagem: Reprodução do livro As Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato
Uma série de denúncias foram levantadas no Brasil sobre isso nos últimos tempos e a polemica está grossa. Pois Monteiro Lobato é um ícone intocável para a grande maioria da intelectualidade brasileira. Mas porque nao colocar em chegue as suas idéias absurdas e simpáticas ao nazismo no Brasil?
Os livros infanto-juvenis de Monteiro Lobato atravessaram toda a minha infancia e a infancia de toda uma geracao no país de criancas e jovens em idade escolar. Principalmente as histórias da Boneca falante Emília e os moradores do Sítio do Picapau Amarelo.
É uma pena esses acontecimentos. Mas nao se pode deixar passar, como