Racionalismo e Empirismo
O racionalismo consiste em acreditar nas ideias inatas e no raciocínio lógico, através da razão. É, de certo modo, a própria filosofia desde a sua origem, pois, de fato, a razão é a condição de todo o pensamento teórico. A filosofia constitui-se pelo reconhecimento da razão como a faculdade do conhecimento das coisas e do domínio de si.
O racionalismo muda de aspeto conforme se opõe a cada filosofia. Opõe-se ao pensamento arcaico pelo seu estilo, já que está atento à ideia e visa uma coerência inteligível. Opõe-se ao empirismo, tornando-se metódico, armando-se com a lógica e a matemática.
Toda a doutrina da razão se apoia em dois pilares: a experiência que nos é dada pelos sentidos é insuficiente para se puder atingir o conhecimento; o pensamento através da razão é capaz de atingir a verdade absoluta, pois as suas leis são também as leis que regem os objetos do conhecimento, tal como Hegel descrevia: "Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional".
O racionalismo surgiu com os Eleatas e teve um papel central no platonismo, com a Teoria das Ideias de Platão, que distinguia o mundo inteligível do mundo sensível. Desenvolveu-se no século XVII, segundo o qual o paradigma do conhecimento era a intuição intelectual que Deus tem das coisas, e da qual os seres humanos experiência através da matemática.
Descartes é o criador e impulsionador do racionalismo moderno. Ele preocupa-se com a investigação prévia do conhecimento. A dúvida corresponde a uma exigência da fundamentação das possibilidades do conhecimento.
Empirismo
O empirismo é uma doutrina filosófica que tem como principal teórico o inglês John Locke (1632-1704), que defende uma corrente a qual chamou de Tabula Rasa. Esta corrente afirma que as pessoas nada conhecem, como uma folha em branco. O conhecimento é limitado às experiências vivenciadas, e as aprendizagens se dão por meio de tentativas e erros. Entende-se por empírico aquilo que pode ter sua veracidade ou falsidade