Racionalismo Estrutural na Arquitetura

A influência de Eugène Viollet-le-Duc é identificada e atestada através da análise das obras de alguns dos mais brilhantes arquitetos ao longo da última metade do Século XIX. Em sua obra Entretiens sur l’architecture, Viollet-le-Duc lança mão do conhecimento adquirido durante estudos da arquitetura de três períodos distintos para então sugerir o que viria a formar a base do pensamento racionalista estrutural.

A partir da análise do período Grego ele valoriza a utilização da pedra e o esquema trilítico desta constituição arquitetônica, enfatizando a importância da relação de cada elemento constituinte do conjunto e sua respectiva atribuição. Partindo para o estudo do período Romano, Le Duc expressa afeição pela existência das construções abobadadas e afirma que este é um traço de modernidade que se repete em outros elementos da arquitetura dos romanos. O arco ogival foi o elemento de maior destaque do período Medieval na opinião de Viollet-le-Duc, cuja capacidade de permitir que a edificação alcançasse um crescimento no que diz respeito à altura aliada à utilização de superfícies vitrificadas possibilitava que a forma fosse conduzida pela construção.

Viollet-le-Duc propunha a existência de algo que transpusesse a estética, o historicismo vazio que não a conferisse o status de item mais importante de uma edificação. Além disso, ele sugere um método que seja produto do local de onde surge, respondendo com soluções às questões arquitetônicas de cada época. A A partir desta proposta, a influência de Le Duc atingiu alguns países europeus onde era intensa a influência cultural francesa em detrimento da tradição do Classicismo. Neste contexto foram fortemente atingidos e influenciados nomes como Gaudí, Horta, Berlage e Guimard. Cada um deles a seu modo traduziu em suas obras os conceitos que permeavam o racionalismo estrutural em suas obras. É possível observar em diferentes aspectos a tradução do método de Viollet-le-Duc a partir do estilo gótico “mediterrânico”