Racionalidade do segundo PND
Para Barros de Castro & Pires de Souza, a racionalidade do II PND, a escolha feita pelo governo brasileiro até 1974 foi referida, unicamente, ao seu fundamento ostensivo: a determinação por parte dos governantes levar à diante – em meio a crise – o processo de desenvolvimento. A escolha feita em 74 continha uma alta dose de racionalidade econômica. Pois, ao evitar uma crise conjuntural, possivelmente de enorme gravidade e, sobretudo, ao entreabrir novas e amplas possibilidades futuras, essas escolhas conformavam uma estratégica econômica oportuna e promissora.
Encontrava-se em 1974, um volume precedente de investimentos decididos a partir do crescimento do mercado interno, ocorridos nos anos anteriores. Este conjunto de investimentos definido na suposição de que o crescimento acelerado havia de prosseguir, e na ignorância do choque de petróleo e suas consequências achava-se no primeiro semestre de 74, posto em cheque. O mercado e a própria politica econômica deveriam daí por diante mostrar em que medida aquela safra de investimentos corresponderia às expectativas que lhe deram origem.
Diante de todos esses problemas, de nada serviria travar a economia e/ou reorientar o gasto interno. Mais precisamente, o mero desaquecimento da economia e/ou ativação de certos ramos e a retração de outros, deixaria intacta uma estrutura econômica desbalanceada e comprovadamente vulnerável, face a um mundo cuja a instabilidade não poderia mais ser ignorada.
Em meio a todo esse cenário, a influência da estratégia de 74 perdurou ainda muito além do declínio dos investimentos privados a ela associados. Assim, não obstante o repúdio da estratégia de 74, pela politica econômica que começa a se implantar em fins de 1979. É que a estas alturas, a economia já se encontrava manifestamente grávidas