Resumo Aristoteles
5. ARISTÓTELES E O SISTEMA ARISTOTÉLICO
A) Introdução:
Após a morte de Platão, Aristóteles rompe com alguns ensinamentos de seu mestre e elabora seu próprio sistema filosófico, tornando-se um grande critico do pensamento de Platão, sobretudo sobre a Teria das Ideias.
Platonismo e Aristotelismo inspiraram desenvolvimentos diferentes, até mesmo rivais, no pensamento filosófico e teológico. O pensamento de Aristóteles desenvolveu-se sobretudo a partir de uma crítica dos pré-socráticos quanto à filosofia platônica, através de um esforço de elaboração de uma concepção filosófica própria que não se confundisse com a de seus antecessores e ao mesmo tempo superasse o que considerava suas principais falhas e limitações. Temos assim, uma redefinição da filosofia e a construção de um grande sistema de saber, muito influente no desenvolvimento da ciência antiga.
B) A crítica a Platão:
O ponto central da crítica de Aristóteles a Platão consiste na rejeição do dualismo platônico, centrada na relação que o teoria das ideias supõe existir entre o mundo inteligível e o sensível, podendo ser considerada uma versão do paradoxo da relação.
Toda e qualquer relação, segundo Aristóteles, pode ser interna ou externa. Uma relação interna entre A e B, se dá quando A e B possuem elementos comuns, uma interseção. Nesse sentido, A e B têm a mesma natureza, suas relações internas não são problemáticas. Já numa relação externa, não há elementos comuns entre A e B, como é o caso do mundo inteligível e do sensível. Logo, a relação entre A e B deverá ser feita por meio de um mediador, C; e a relação de A,B e C, por um mediador D e assim infinitamente.
Ocorre portanto um paradoxo: ou a relação é interna, e então não há problema em explicá-la, mas não se trata de um dualismo; ou a relação é externa, e nesse caso é problemático pois será necessário infinitos pontos externos para efetuá-la.
É para evitar esse tipo de problema (dualismo dos dois