Plano de Metas a II PND
Plano de metas (1956/1961)
1.1 Introdução
O Plano de Metas, adotado no governo Juscelino Kubitschek, pode ser considerado o auge da Implementação do Processo de Substituição de Importações (PSI). O principal objetivo do Plano de Metas era estabelecer as bases de uma economia industrial, para isso era necessario criar o setor produtor de bens de consumo duráveis. A racionalidade do Plano de Metas estava baseada nos estudos do grupo BNDE/CEPAL
(Comissão Econômica para a América Latina) que identificara a existência de uma demanda reprimida por bens de consumo duráveis. Esses estudos viam neste setor importante fonte de crescimento pelos efeitos interindustriais que geraria ao pressionar a demanda por bens intermediários, via elevacao do nível de emprego na economia que estimularia, tambem, o setor de bens de consumo leves.
Além disso, o Plano de Metas estimularia o desenvolvimento de novos setores na economia, principalmente os fornecedores de componentes para o setor de bens de consumo duráveis, por exemplo, o setor de autopeças. A demanda por estes bens seria derivada da própria concentração de renda anterior, que elevaria os padrões de consumo de determinadas categorias sociais.
Para viabilizar o projeto, era necessario readequar a infra-estrutura e eliminar os pontos de estrangulamento existentes (energia, transportes e alimentos), os quais já haviam sido identificados nos estudos da CMBEU (Comissão Mista Brasil-Estados Unidos), além de criar incentivos para a vinda do capital estrangeiro nos setores que se pretendia implementar (este era uma necessidade tanto financeira como tecnológica).
1.2 Principais Objetivos do Plano de Metas
O plano pode ser dividido nos seguintes objetivos principais: a) investimentos estatais em infra-estrutura com destaque para os setores de transporte e energia elétrica. No que diz respeito aos transportes, cabe destacar a mudança de prioridade que