Quitandeira- O grito Angolano
Introdução:
“Quitandeira” faz parte de uma grande obra de Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola, cidade onde nasceu em 17 de setembro do ano de 1922.
Agostinho Neto foi um cidadão que lutava pela independência de seu país. Sua obra é construída com base nos ideais de renovação e denunciando os problemas sociais, políticos e econômicos enfrentados pela população de Angola. Analisaremos a relação do dia a dia de uma Quitandeira com a situação vivida por Angola, em meados do século XVI.
Desenvolvimento
Uma grande produção de Agostinho Neto, Quitandeira, representa um grito de liberdade da população de Angola.
Esse poema apresenta uma personagem que caracteriza a situação social de Angola, uma quitandeira, que para sobreviver vende laranjas, enfrentando muitas dificuldades durante o trabalho.
Quitandeira
A quitandeira
Muito sol e a quitandeira à sombra da mulemba.
-Laranja, minha senhora,
Laranjinha boa!
A luz brinca na cidade
O seu quente jogo
De claros e escuros e a vida brinca em corações aflitos o jogo da cabra-cega
A quitandeira
Que vende fruta
Vende-se.
-Minha senhora laranja, laranjinha boa!
Compra laranja doces
Compra-me também o amargo desta tortura da vida sem vida.
Compra-me a infância do espírito este botão de rosa que não abriu princípio impelido ainda para um inicio.
Laranja, minha senhora!
Esgotaram-se os sorrisos com que chorava eu já não choro.
E ai vão as minhas esperanças como foi o sangue dos meus filhos amassado no pó das estradas enterrado nas roças e o meu suor embebido nos fios de algodão que me cobrem.
Como o esforço foi oferecido à segurança das máquinas à beleza das ruas asfaltadas de prédios de