Quimica
O cromo é um elemento de considerável importância ambiental e geológica e, no ambiente, ocorre principalmente como cromo (3) ou cromo (6). As funções bioquímicas e os efeitos do cromo são dependentes de seu estado de oxidação, pois enquanto o cromo (6) é tóxico por ser um agente carcinogênico, o cromo (3) é considerado um nutriente essencial para os humanos. As maiores fonte de cromo (6) são antropogênicas, originando-se principalmente de indústrias têxteis, de refinarias de petróleo e de galvanizações, e este é transferido ao ambiente por meio de emissões pelo ar ou pela água, quando não é tratado adequadamente, atinge os lençóis freáticos ou rios e são absorvidos pelas plantas ou a água que pode até ser utilizada para o abastecimento de cidades (uma das principais vias de contaminação), em nosso organismo ele possui um efeito bioacumulativo, é absorvido e causa danos ao DNA, onde os quebra e ocorrem mutações no mesmo. Já o cromo (3) aparece difundido em níveis diminutos na natureza. Devido ao fato de que os cromatos são amplamente empregados no tratamento de águas e que o cromo (6) apresenta uma toxicidade muito maior que a do cromo (3), o maior interesse na especiação de cromo é focado na determinação do cromo (6). No estado de São Paulo ocorrem casos de contaminação da água por cromo: O aquífero Bauru apresenta índices de nitrato, cromo e chumbo acima do limite tolerável em 17 municípios do Noroeste paulista. Há muitos poços artesianos que captam água no Bauru e são construídos clandestinamente, sem controle algum da mesma. A presença do metal na água do subsolo do Noroeste paulista foi verificada pela primeira vez em 1977, em Urânia, o que obrigou a cidade receber água da cidade vizinha. O fenômeno tem causas naturais, a presença de óxido de manganês e carbonato de cálcio elevam o pH da água e favorecem reações químicas para que o cromo passe da fase sólida para a líquida, mas também não é descartada a possibilidade de contaminação por