Quimica
1.1.0147 – 1
GEOLOGIA DO PETRÓLEO DA BACIA DO SOLIMÕES. O “ESTADO DA ARTE”.
Cleber Furtado Barata1 (UFPA), Mário Vicente Caputo2 (UFPA)
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Universidade Federal do Pará, Caixa postal 1611, Belém, PA, Brasil, 66075-110, cfbarata@ufpa.br Universidade Federal do Pará, Caixa postal 1611, Belém, PA, Brasil, 66075-110, caputo@ufpa.br
A Bacia do Solimões, produtora de óleo, condensado e gás, localiza-se na região norte do Brasil, Estado do Amazonas. Trata-se de uma bacia paleozóica intracratônica com cerca de 950.000 km2 de área sedimentar total, dos quais 480.000 km2 correspondem à área prospectável para petróleo (óleo + gás + condensado). Limita-se ao norte pelo Escudo das Guianas, ao sul pelo Escudo Brasileiro, a leste pelo Arco de Purus e a oeste pelo Arco de Iquitos. O Alto de Carauari divide a bacia em Sub-bacia do Juruá, a leste e Sub-bacia do Jandiatuba, a oeste. As rochas paleozóicas não afloram e encontram-se intrudidas por diques e soleiras de diabásio, os quais influenciaram fortemente a evolução térmica da matéria orgânica contida na rocha geradora e do petróleo acumulado na rocha reservatório, compensando a baixa efetividade da sobrecarga sedimentar e reduzido gradiente geotérmico. Dois sistemas petrolíferos, Jandiatuba-Juruá (!) e Jandiatuba-Uerê (.), são identificados na bacia, o primeiro, e o mais importante, contêm atualmente 99,8% das acumulações comerciais, sendo constituído por rochas geradoras principais, representadas pelos folhelhos radioativos devonianos (Frasniano Superior) da Formação Jandiatuba, com espessura máxima de 40 a 50 m e carbono orgânico total (COT) máximo de 8,25%. As rochas geradoras secundárias são os folhelhos devoniano-carboníferos (Fameniano Superior-Tournasiano), também, pertencentes à Formação Jandiatuba, Membro Jaraqui, que apresentam COT de 0,65-1,45%, e os folhelhos silicosos da Formação Uerê, com COT de 1,48-3,07%. O contato gerador-reservatório é posicionado