Quimica
02JUL
Na idade média as escolas eram um privilégio de poucos. Na verdade, um número muito pequeno de clérigos (eclesiásticos – sacerdotes – padres). Suas idades não eram relevantes em nenhum momento, haja vista a ausência dessa informação nos registros dos mesmos, bem como uma mistura de alunos em diferentes fases da vida. Ou seja, era comum verificar crianças, jovens, adultos e até mesmo idosos misturados em uma mesma sala.
Com medo de perder sua hegemonia para as escolas particulares, a igreja passou a vetar o ensino avançado, dito não rudimentar. Entretanto, continuava a invisibilidade da idade, que não era para muitos, algo importante que merecesse atenção ou mesmo uma redistribuição das classes.
Normalmente, o mestre (professor) não tinha um espaço amplo para lecionar. Ele alugava uma sala, onde forrava o chão com palha para os alunos se sentarem ou lecionava nas igrejas. No entanto, havia aqueles que nem isso tinha. Estes lecionavam na porta da igreja ou mesmo na esquina de uma rua.
Contudo, os alunos ficavam por suas próprias contas. Poucos viviam com os pais. Os demais viviam juntos em quartos, formavam pequenos conglomerados. Aqui, também não havia separação de idade. Quando muito, alguns viviam em regime de pensão com o mestre ou com padres por meio de um contrato.
Aqueles que podiam viver em regime de pensão tinham certo privilégio, pois eram confiados a família de um clérigo que os vigiavam e regulavam suas vidas fora da escola. Dessa forma, o compromisso com a aprendizagem, a educação era maior.
Com o passar dos tempos, no início da modernidade, isso vai se transformando paulatinamente. Nesse período, a educação ganha um novo formato. Ela passa a separar a criança do mundo dos adultos, oferecendo-lhe uma formação moral e intelectual que se dava por meio de um disciplinamento autoritário.
Uma Instituição Nova: O Colégio
A escola passa a ser vista como uma forma de isolamento da criança durante