quimica
Devemos relembrar que, no século XVIII, começou na Inglaterra a chamada Revolução Industrial. Como decorrência, apareceram no século XIX novos tipos de atividade humana, que passaram a exigir conhecimentos químicos. O uso crescente de máquinas exigiu a produção de mais ferro e aço, para a qual os fornos siderúrgicos exigiam quantidades crescentes de carvão. Apelou-se então para o carvão mineral, que era transformado em carvão coque. Dessa transformação surgiram novos compostos químicos, como os corantes necessários à produção sempre crescente das fábricas de tecidos.
As sínteses orgânicas também aumentaram vertiginosamente na segunda metade do século XIX. Em 1856, o químico inglês William Perkin (1838-1907) preparou o primeiro corante sintético — a mauveína. Com os corantes e perfumes que criou, Perkin enriqueceu e serviu como exemplo para o desenvolvimento da indústria química na Inglaterra. Na Alemanha, August Wilhelm Von Hoffman (1818-1892), que havia sido professor de Perkin, também descobriu vários corantes: a magenta (1858), a alizarina (1869) e o índigo (1880). Esses corantes não só serviram para a indústria têxtil e para o desenvolvimento da Biologia (com a coloração e o estudo dos microrganismos ao microscópio), como também possibilitaram o grande desenvolvimento da indústria química alemã no final do século XIX.
A Revolução Industrial então em curso incluiu a construção de estradas de ferro, que, com seus aterros e túneis, provocou um rápido desenvolvimento das indústrias de explosivos.
É importante notar que, na segunda metade do século XIX, além do grande desenvolvimento da Química de laboratório, consolidou-se também uma Química aplicada, dirigida para os processos industriais. A partir dessa época, aprofundou-se cada vez mais o casamento entre a ciência e a tecnologia. Tornava-se cada vez mais claro que, para as atividades práticas da Química, eram necessários conhecimentos teóricos, e vice-versa.
Em 1897, já