Quima sociedade consumo
Trilogia: Química, Sociedade e Consumo
Julieta Saldanha de Oliveira, Márcio Marques Martins e Helmoz Roseniaim Appelt
A química, a sociedade e o consumo sempre estiveram interligados. Desde os primórdios das civilizações, o homem faz uso de procedimentos que podem ser considerados como uma química empírica. As desafortunadas condições que cercaram o mau uso e a aplicação do saber químico a estigmatizaram, sendo considerada como um conjunto de conhecimentos negativos e indesejáveis para a sociedade. Apresenta-se uma retrospectiva histórica comentada acerca da trilogia química-sociedade-consumo, enfatizando as inter-relações existentes. história, sociedade, química
Recebido em 06/07/09, aceito em 03/02/10
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O
primeiro homem que descobriu os diversos usos do fogo para assar a carne e, assim, ingerir um alimento com melhor sabor e de forma mais agradável já podia ser considerado um químico.
Esse mesmo homem, temente às forças da natureza, rendia culto aos seus deuses, pintando nas paredes d e suas cavernas cenas do seu cotidiano. Para tanto, ele procurava p igmentos nas rochas coloridas, desenvolvia a técnica correta para preparar uma tinta que podia ser aplicada às paredes e que permaneceria ali ao longo das eras, reverenciando os deuses. Esse homem era um químico prático.
Em todas as atividades humanas, havia um pouco de química. Em cada copo de vinho bebido, pão consumido, unguento passado nas feridas do soldado ou flecha envenenada lançada contra um inimigo durante uma guerra, havia a química por trás.
O papel desempenhado pela química nas sociedades é inegável, e os seus efeitos são sentidos de forma
mais ou menos intensa, mas sempre sentidos. Seja porque um povo descobriu como extrair um metal duro e inquebrável a partir de uma rocha, seja porque outro povo conseguiu desenvolver um medicamento poderoso ou ainda porque alguém descobriu como fazer para preservar o couro dos animais e usar