Questões raciais na Educação de Jovens e Adultos (EJA)
A visão de alunos e professores sobre as abordagens das questões raciais na Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Colíder-MT 2015
A LUTA DA POPULAÇÃO NEGRA EM PROL DE SUA LIBERDADE
A historiografia conservadora, que valoriza os heróis como únicos responsáveis pelos grandes feitos da humanidade, enaltece a Princesa Isabel como a redentora dos negros, a libertadora e ignora todo o processo conjuntural e estrutural que a levou a assinar,em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea. Contudo, a despeito das adversidades em que a luta anti-racista foi historicamente submetida, inclusive através do isolamento político, o negro e a negra resistem. Há uma história política não institucional que nem sempre é contada.
Entretanto, a partir da segunda metade do século XIX cresceram os movimentos abolicionistas, que passaram a pressionar cada vez mais o governo em busca de uma extinção definitiva da escravatura. As pressões internacionais, principalmente dos ingleses, também eram grandes, e os próprios negros passaram a se rebelar contra a situação com maior frequência.
Pois, desde que chegaram às terras brasileiras, os africanos escravizados lutaram contra a exploração a que foram submetidos. O ponto alto destas batalhas pela liberdade foi à organização dos quilombos, locais onde os negros que logravam fugir de seus senhores se reuniam para viver, constituindo verdadeiras cidades fortificadas onde se produzia e guerreava contra a escravidão. O maior e mais bem estruturado quilombo foi o de Palmares, no estado de Alagoas, que chegou a abrigar 50 mil pessoas durante as últimas décadas do século XVII.
Habitando o país desde 1585, toda a população negra arrancada de sua terra natal, com o passar dos tempos, se tornou brasileira, integrando nosso povo. Essa condição (de brasileiros) é muito superior a de simples afro descendentes; ela confere aos negros brasileiros nacionalidade e,