Questões Adam Smith e Malthus
O desenvolvimento do comércio de longa distância fez surgir uma necessidade de uma mercadoria com um padrão de valor capaz de ser trocado por qualquer outra mercadoria a fim de reduzir o volume da carga nas viagens de mercadores. A determinação da prata e do ouro como esse produto se deu pela característica de durabilidade, assim moedas cunhadas de ligas de metais preciosos estampadas com símbolo real ganhou o papel de padrão de valor.
Esse poder de compra competido à moeda abriu precedente para adoção da riqueza como sinônimo do acumulo de metais preciosos. A busca incessante das nações em empilhar cada vez mais ouro e prata para firmar seu poderio, deu a moeda um valor de troca além do seu valor de face.
A moeda como eixo organizador de trocas tinha seu valor de face apontado pelo soberano. Contradizendo este fato, sabe-se que toda mercadoria tem seu preço determinado pela oferta e demanda no mercado, e sendo a moeda composta por metais, uma matéria-prima que dependente da extração do minério e que afeta a oferta desse bem no mercado e assim diferenciando seu valor metálico com fatores que influência o aumento na quantidade no mercado e a alta demanda da época devido a ideia de entesouramento. Essa ambiguidade entre o valor metálico e o valor de face criou dificuldades em seu fluxo.
Além dessa problemática, soberanos com intuito de aumentar a quantidade de moeda em circulação e aumentar o poder de compra, se passou a adicionar metais não preciosos na cunhagem da moeda, porém sem alterar seu valor nominal, apesar da menor parcela da liga de ouro ou prata em sua composição. Essa adulteração dava a moeda um poder de compra que ela não tinha, podendo este ser um dos fatores que levou a uma inflação na época.
Na transição do mercantilismo para o capitalismo o dinheiro deixou de ser a fonte de riqueza minimizando o movimento de entesouramento de moedas. Onde os mercantilistas disseminaram a ideia de que a riqueza advém do acumulo de metais