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Rede SACI
27/10/2006
Artigo de Patrícia Ferreira Bezerra
Patrícia Ferreira Bezerra
1. INTRODUÇÃO
As funções visuais estão intimamente relacionadas ao desenvolvimento infantil global e constituem-se numa evidência do funcionamento neurológico adequado. Acredita-se que a maior parte das aquisições motoras, intelectuais e de personalidade são favorecidas, em maior ou menor intensidade, pela entrada sensorial, especialmente a visual (4, 11).
Os seres humanos apresentam diversas habilidades relacionadas ao processo de percepção visual, as quais começam a desenvolver-se ainda no período embrionário e tendem a aprimorar-se ao longo da vida extra-uterina (5, 9). BEE (1996) cita como primordiais as habilidades visuais básicas, que são aquelas relacionadas aos mecanismos através dos quais a criança percebe, e as habilidades perceptuais complexas, referentes a o que ela apreende a partir da utilização desses mecanismos.
Sabe-se que o comportamento infantil desenvolve-se a partir de uma concepção céfalo-caudal e próximo-distal, sendo que o desenvolvimento ocular no período intra-uterino ocorre logo após o desenvolvimento dos lábios e da língua, e anteriormente ao do pescoço, ombros, braços, mãos e dedos, tronco e membros inferiores (5, 8).
Assim a visão continua seu processo de desenvolvimento e maturação após o nascimento, tornando a criança gradualmente capaz de fixar e acomodar visualmente objetos, realizar movimentos de convergência e acompanhamento visual, aprimorar a acuidade, atenção, visão em cores, localizar objetos e ampliar seu campo visual, diferenciando figura e fundo, percebendo as relações espaciais estabelecidas e integrando aferências visuais, auditivas, táteis e cinestésicas, partir das quais estabelecerá relações com o meio externo e interno (2).
Para GESELL (2000) a percepção visual está profundamente integrada a todos os sistemas infantis, influenciando na postura, aquisição de