Questão social mo contexto amazônico
Quando a humanidade aprendeu a fazer contas?
Há cerca de 4 mil anos. Foi quando os mercadores da Mesopotâmia desenvolveram o primeiro sistema científico para contar e acumular grandes quantias. Primeiro, eles faziam um sulco na areia e iam colocando nele sementes secas (ou contas) até chegar a dez. Aí, faziam um segundo sulco, onde colocavam uma só conta – que equivalia a 10 -, esvaziavam o primeiro sulco e iam repetindo a operação: cada dez contas no primeiro sulco valia uma conta no segundo sulco. Quando o segundo sulco completava dez contas, um terceiro sulco era feito e nele era colocada uma conta que equivalia a 100. Assim, uma quantia enorme como 732 só precisavam de 12 continhas para ser expressa. Essa engenhosidade daria origem à nossa palavra contar – a partir das primitivas contas que enchiam os sulcos.
Excluindo-se o conceito abstrato do zero – isto é, da ausência de quantidades – que só apareceu 600 anos atrás, na Índia, as continhas secas satisfizeram a humanidade por alguns milênios. Mas, conhecendo os seres humanos como nós conhecemos, não é difícil imaginar que, junto com a conta, tenha surgido também o erro de conta, inconsciente ou proposital. O conceito errar é humano deve ser tão antigo quanto à preocupação de inventar algum aparelho para auxiliar na contagem e reduzir a margem de erro. Apesar da fama dos Árabes e dos Chineses, a contribuição mais importante para a abstração matemática foi um trabalho dos Hindus. Sem eles não haveria o zero e, portanto, toda a base da abstração que, junto com o 1, deu origem a tudo o que conhecemos hoje como ciências matemáticas. A primeira tentativa bem-sucedida de criar uma máquina de contar foi o Ábaco. O nome tem origem numa palavra hebraica abaq (pó), em memória a antiqüíssimos tabletes de pedra, aspergidos com areia, onde os antigos mestres desenhavam figuras com o dedo para educar seus discípulos.
Os inventores do ábaco de calcular, aparentemente, foram os chineses, que