Questão moral e ética sobre o Desarmamento.
Um homem com uma arma pode controlar 100 que não têm uma.
Vladimir Ilyich Lenin
Este ano entrará para a história, pois pela primeira vez uma nação civilizada tem um registro completo de armas! Nossas ruas serão mais seguras, nossa política mais eficiente, e o mundo seguirá nossa liderança no futuro.
Adolf Hitler de 1935
Poder político cresce do cano de uma arma.
Mao Tse Tung
A natureza das armas
No decorrer de nossas reflexões sobre o valor da liberdade e as razões de se defender conseguimos se livrar de algumas das nossas incoerências, porém nem todas. Sim, a liberdade é sempre desejável, mas ao ponto de deixar prejudicar o meio ambiente? A ponto de não combater o tráfico de drogas, com as mortes que ocorrem? A ponto de macular a honra de alguém? A ponto de afirmar a existência de uma raça superior e assim matar milhões? A primeira coisa que deve ser notada é a natureza da arma, que é dupla. É certamente ofensiva, porque esse é o objetivo imediato para o qual elas são criadas. Seu próprio projeto torna-os meios adequados para prejudicar um terceiro, das mais diversas formas e em diferentes alcances, dependendo da arma em questão. Mas uma das características dos indivíduos é que eles são capazes de descobrir novos usos nos meios que se encontram, e logo descobriu que o próprio caráter ofensivo dá uma índole defensiva, o que é inseparável. A simples ameaça com uma arma, ou o fato de reconhecer que ela existe, são perfeitamente adequados meios de defesa. Portanto, são duas armas, uma ofensiva e outra defensiva. É preciso acrescentar que o que importa não é o meio, mas o uso que delas é feito. A posse de uma arma não predispõe uma utilização ofensiva do mesmo. Além disso, seu uso defensivo não precisa ser levado às suas últimas consequências. Outro ponto a ser considerado é a constatação de que existem maneiras que não são especificamente destinados a armas ou uso nocivo e, no entanto, eles são conferidos