Questão Iugoslava
A Iugoslávia foi um produto do nacionalismo sérvio e da decomposição dos impérios Turco-Otomano e austro-húngaro. No início do século XX, a Sérvia encabeçou um projeto "pan-eslavista" com o intuito de formar a Grande Sérvia, reunindo os povos eslavos dos Bálcãs dominando as outras etnias da região.
No final da I Guerra Mundial, a derrota e decomposição dos dois Impérios permitiram a formação da Polônia, Tchecoslováquia, Hungria e Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos, que mais tarde se tornaria a República da Iugoslávia.
No novo estado, a elite nacionalista sérvia exercia poder sobre os diversos grupos religiosos e étnicos, caracterizando o artificialismo da unificação. Não havia uma consciência nacional única, nem mesmo laços comuns que os unissem. As tensões étnico-religiosas explodiram durante a II Guerra Mundial, quando a Alemanha Nazista aliou-se com os nacionalistas croatas e ocupou a Sérvia.
A resistência contra a invasão nazista foi a liderada por Josef Broz Tito, um croata que comandou os partizans - (guerrilheiros comunistas). A vitória conquistada com pouquíssima ajuda da ajuda externa deu a Tito forças para tomar o poder e proclamar a República Popular da Iugoslávia, de orientação socialista.
O "país dos eslavos do Sul", localizado nos Bálcãs, possuía uma área um pouco maior que estado de São Paulo. Com vasto litoral voltado para o Mar Adriático, era constituído por seis repúblicas autônomas com direitos iguais: Sérvia, Croácia, Eslovênia, Montenegro, Macedônia e Bósnia-Hezergovina, e ainda duas províncias autônomas: Kosovo e Vojvodina
MAPA
Assim, a Iugoslávia surgiu no final da I Guerra Mundial como reino dos sérvios, croatas e eslovenos. Contudo, a consolidação só se deu na II Guerra Mundial, com Tito, que permaneceu como grande líder do páis até a sua morte em 1980.
A unidade do estado Iugoslavo apoiou-se em três pilares: o monopólio político do partido comunista; a estrutura política federativa,