Geografia
A Revolução Industrial teve forte repercussão na organização socioespacial: houve intenso processo de migração do campo para a cidade, além de mudanças de hábitos e novas relações de trabalho. As condições de vida nas áreas industriais eram precárias, mas aos poucos ocorreram melhorias sanitárias e a população passou a ter acesso à saúde. A Revolução Industrial, enfim, não foi apenas uma transformação no modo de produzir mercadorias, mas uma transformação tecnológica e científica que atingiu todas as áreas do conhecimento, entre elas a Medicina. Com isso, houve o aumento da expectativa de vida, e logo, como a população vivia mais e os métodos contraceptivos eram inexistentes ou não era divulgada, a população começou a crescer desenfreadamente.
Teoria Malthusiana
O processo de crescimento populacional foi rápido e essa tendência generalizou-se nos demais países europeus que acompanharam a primeira fase da Revolução Industrial. Foi justamente a partir da observação da etapa inicial desse processo que surgiu a primeira e mais polêmica teoria sobre o crescimento populacional. Malthus acreditava que a população crescia em PG (2,4,8,16,32...) enquanto a produção de alimentos crescia em PA (2,4,6,8...). Para evitar a tragédia por ela prevista, Malthus defendia o que chamou de “controle moral”. Por conta da sua religião, era contra os métodos contraceptivos, mas acreditava que se houvesse abstinência sexual e o adiamento de casamento, isto se resolveria. Porém, Malthus não levou em consideração a capacidade da tecnologia em elevar a produção de alimentos. A fome, que afeta quase sexta parte dos seres humanos nos dias atuais, não se deve à incapacidade de produzir alimentos e sim à má distribuição, devido às desigualdades sociais.
Transição Demográfica
A primeira fase da transição demográfica caracteriza-se pela queda acentuada das taxas de mortalidade, devido às conquistas da medicina e à infra-estrutura de saneamento e de higiene,