Questão da relatividade moral e ética
Apesar de vermos nos capítulos anteriores que na moral e na ética existem valores universais e que alguns deles transcendem a fatores como: tempo e lugar, sempre nos depararemos com questões e situações onde torna-se necessário o estabelecimento de comportamentos éticos e morais diverso daqueles considerados universais.
A própria filosofia nos ensina que estas situações são normais e possíveis de existirem, principalmente quando levamos o nosso conhecimento para às análises extraídas da “exposição kantiana”1 onde é clara a distinção entre a razão como prática, da razão como teoria e por ouro lado a distinção entre as ações realizadas por causas necessárias, das ações que tem a sua finalidade como a sua mola impulsionadora.
Para Kant (Marilena Chaui, 1995, pg. 345), a razão que chamou de pura, tanto teórica e a prática são universais; isto são as mesmas para todos os homens e são independentes de tempo e lugar, podendo variar o conteúdo dos conhecimentos e das ações, porém as suas formas não. Isto significa que o sujeito em ambas é transcendental (grifo da autora). A diferença entre a teórica e a prática encontra-se no seus objetos. A razão teórica tem como objeto a realidade exterior a nós, um sistema de objetos que opera segundo leis necessárias de causa e efeito, cujo a existência não dependem de nossa intervenção; já a razão prática não contempla as causas externas necessária, mas cria a sua própria realidade, na qual se exerce. Essa diferença decorre da separação entre necessidade e finalidade.
Já a natureza dessas ações quando regidas por seqüências naturais de causa e efeito encontra-se no reino da necessidade; é o que Marilena Chaui (1995, pg.345) chama de reino da física, astronomia, química da psicologia. Nas ações por finalidade, tem na prática humana a sua formação seqüencial formada por ações racionais cuja a liberdade e a finalidade predominam; é o reino da história, da