Questão coimbrã
Em 1854, após a morte de Almeida Garrett, o Romantismo começou a perder valor. Alexandre Herculano retirou-se para o Vale dos Lobos, ficando apenas Castilho a representar o Romantismo.
António Feliciano de Castilho era o mestre do idioma sendo mencionado como terceiro mentor do movimento Romântico. Era também o obstáculo da nova geração intelectual que se estava a formar em Coimbra por jovens universitários revoltados e inconformados com os valores oficiais da sociedade.
A primeira manifestação importante desta geração ficou conhecida como “Questão Coimbrã” ou do «Bom senso e Bom gosto». Entraram em conflito o sentimentalismo do Ultra-romantismo e o novo espírito científico europeu. No entanto o novo lirismo que se desenvolvia, não era somente contra o Romantismo, exercido por Castilho, mas também, contra todos os conceitos políticos, históricos e filosóficos. Este novo lirismo era defendido sobretudo por Antero de Quental e Teófilo Braga.
Em 1865, Pinheiro Chagas publicou o “Poema da Mocidade”, ingénua biografia lírica, tipicamente romântica, a qual foi elogiada por Castilho. Contudo o elogio de Castilho, não se tratou só disso. Foi também um conjunto de comentários depreciativos em relação a Antero e a Teófilo. Como resposta a estes comentários, Antero publicou um folheto intitulado “Bom Senso e Bom Gosto”.
Perante isto os seguidores de Castilho, não demoraram a responder. Antero publica então um novo folheto “A dignidade das Letras” e “Leituras Oficiais”. Teófilo também participa, publicando “Teocracias Literárias”. Por esta altura Ramalho Ortigão, decide participar também, como defensor de Castilho, publicando “Literatura de Hoje”, onde repreende Antero com fortes adjectivos.
Esta batalha literária não ficou confinada a Portugal. Eça de Queirós descreve que todos os dias chegavam torrentes de coisas novas, ideias, sistemas, estéticas, formas, sentimentos e interesses humanitários da França e da Alemanha. Surgiram