QUESTIONÁRIO DE FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR
v. 12, n. 32, p. 43-64, dez. 1998
Ecologia de lianas e o manejo de fragmentos florestais
Vera Lex Engel
Renata Cristina Batista Fonseca
Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP / Botucatu
Renata Evangelista de Oliveira
Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais - IPEF
INTRODUÇÃO
As plantas trepadoras são componentes importantes das comunidades florestais. Embora ocorram em praticamente qualquer tipo de clima e comunidade vegetal onde haja árvores capazes de sustentá-las, as trepadeiras são mais abundantes, mais diversas e com uma variedade maior de formas e tamanhos nos trópicos. Mais de 90% de todas as espécies trepadeiras conhecidas no mundo estão restritas às regiões tropicais (Walter, 1971).
Trepadeiras lenhosas são conhecidas comumente como cipós ou lianas, e seus ramos, usando árvores ou outras lianas como suporte, podem atingir o dossel da floresta e aí se desenvolver muito, entrelaçando-se em várias árvores (Putz, 1984; Putz e Chai, 1987; Stevens, 1987) e podendo atingir diâmetros de 15 cm e comprimentos de até 70m (Jacobs, 1988), já que suas copas podem ser tão grandes como a das árvores que as sustentam. Constituem uma parte significativa da biomassa da floresta (Acevedo-Rodriguez e Woodbury, s.d.; Gentry, 1983) e de sua área foliar (Putz, 1983), e portanto acabam competindo com as árvores, além de interferir na sua simetria de crescimento e taxas de mortalidade.
Pelos efeitos potenciais sobre as árvores, as lianas sempre foram consideradas pragas do ponto de vista do manejo florestal. O corte e eliminação de cipós têm sido operações rotineiras dentre os tratamentos silviculturais voltados à produção de madeira, visando tanto a diminuição da competição com as árvores quanto a redução dos danos da colheita de madeira. Com este enfoque, uma quantidade razoável de informações sobre custos e eficácia das operações estão disponíveis para orientar decisões de manejo.
Por outro lado, em