Questione
Muitas pessoas criticam os políticos evangélicos alegando que eles iriam “misturar religião e política” de modo que ameaçasse a separação da Igreja e Estado. Mas, não podemos seguir com esse “laicismo militante” que tem como objetivo excluir deus(es) e a religião. Pois uma pessoa pode se inspirar pelos princípios cristãos para aprimorar a política, tornando-a mais “familiar”, tratando uns aos outros como irmãos. Mas, é certo impor sua religião na política num país de estado laico?
Um dos problemas dos candidatos evangélicos é que eles costumam não representar a filosofia cristã, mas representar a Igreja enquanto Instituição, e muitas vezes partem a defender somente os interesses institucionais, o que torna-se um grave erro, pois a igreja como instituição não pode exercer política desta maneira, pois tornaria ela, líderes e seguidores vulneráveis a todas a contingências do mundo político, e logo deixaria sua característica social. Afinal, a religião promove ações sociais que abriga, alimenta, e que motiva pessoas necessitadas, e contribui ativamente para o desenvolvimento econômico. Embora em algumas passagens escritas na Bíblia possam conter “filosofias” preconceituosas e machistas.
Mas considerando Brasil um país laico, é necessário que o estado seja neutro, e ser neutro nestas condições significa que devemos ser receptíveis as críticas e as mudanças, e até o momento o que temos de mais neutro é a ciência, que continuamente está sendo modificada. E somente um estado laico, pode garantir a liberdade de religião, embora muitas vezes o próprio estado influenciar a sociedade a um suposto cristianismo, quando percebemos que no STF (Supremo Tribunal Federal) contem um símbolo religioso exposto, um crucifixo, em algumas escolas/universidades podemos perceber a presença de santos, e nas notas de reais a frase “Deus seja louvado”, se somos um pais laico, porque não poderíamos colocar “Oxalá seja louvado” para as pessoas do cadomblé,