questao 5 pratica 7
Os óleos vegetais são constituídos predominantemente de substâncias conhecidas como triglicerídeos, que são ésteres formados a partir de ácidos carboxílicos de cadeia longa (ácidos graxos) e glicerol. Além dos triglicerídeos, os óleos vegetais apresentam em sua composição quantidades apreciáveis de ácidos graxos livres (originados dos processos de extração dos óleos vegetais), fosfolipídeos, esteróis e tocoferóis. Os ácidos graxos constituintes dos triglicerídeos mais comuns apresentam 12, 14, 16 ou 18 átomos de carbono. Entretanto, outros ácidos graxos com menor ou maior número de átomos de carbono ou ainda contendo a função álcool também podem ser encontrados em vários óleos e gorduras. Um exemplo interessante é o óleo de mamona, que apresenta o ácido ricinoléico, CH3(CH2)5CH(OH)CH2CH=CH(CH2)7COOH , como maior constituinte de seus triglicerídeos (cerca de 80%). Os óleos vegetais apresentam várias vantagens para uso como combustível, como elevado poder calorífico, ausência de enxofre em suas composições e são de origem renovável. Contudo, o uso direto de óleos vegetais como combustíveis para motores são problemáticos devido a sua alta viscosidade, maior densidade e baixa volatilidade 7,8. Essas características geram vários problemas como combustão incompleta, formação de depósitos de carbono nos sistemas de injeção, diminuição da eficiência de lubrificação, obstrução nos filtros de óleo e sistemas de injeção, comprometimento da durabilidade do motor e emissão de acroleína (substância altamente tóxica e cancerígena) formada pela decomposição térmica do glicerol. Várias abordagens diferentes têm sido consideradas para contornar esses problemas, sendo que a transformação de óleos e gorduras de origem vegetal ou animal em ésteres de álcoois de cadeia curta tem importância estratégica