Quem sou eu conto
(Conto)
Algum tempo hesitei se deviam responder estas perguntas pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar os fatos ocorridos antes de descobrir meu lado artístico ou sobre minha total perda de consciência ao escrever um livro de poemas, poesias, músicas e frases falando sobre meu Eu-poético e de um antigo amor adolescente. Suposto o uso vulgar seja começar pela descoberta do meu lado poético, onde duas considerações me levaram a adotar diferente método: A primeira é que eu não sou propriamente um autor confuso, mas sim um confuso autor que fala de sua história poética, para quem queira ouvi-la; Eu sempre fui um tipo de garoto que escondia o meu rosto, com medo de dizer ao mundo o que tenho de falar. Eu sou a voz que você escuta em sua cabeça, a razão do seu viver. Posso ser um anjo ou um demônio, isso depende da tinta com a qual fui pintado pelas mãos de que me vê. Sou aquilo que dizem de mim, desde que o digam da forma que sou do contrário, serei apenas uma tela pintada por mãos inimigas, uma fantasia, mas sempre fantasia, nunca realidade. Serei sempre o mesmo de ontem e o mesmo de amanhã, se ninguém retirar de mim os traços divinos com os quais fui agraciado pelo Criador. Deus não criou demônios, Deus criou anjos bons que se tornaram maus, porque não queriam ser apenas anjos. Seja apenas um anjo bom, nada, além disso. Após descobrir meu lado poético, descobrir a paixão em uma pessoa que nem dava bola a mim. Como o amor é falso e também cansativo. Nesta história eu era o anjo bom e esta pessoa o mal. Mas, com isso veio à pergunta: será que Anjo bom, se apaixona por Anjo Mal? Bem, mas uma coisa é certa, quando eu pensava nele, era como se ele não me ouvisse; sua mente ficava longe e eu não sabia como chegar lá. Era como se tudo o que ele quisesse fosse me acalmar. Admito, era e ainda sou demasiado, sério. Mas, ele fez com que eu quisesse morrer, como se nem sequer se importasse.
Já ficamos cara a cara, mas nunca nos olhamos